Foto: Divulgação RBA
São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,25%, abaixo de dezembro (1,35%), mas acima de igual mês de 2020 (0,21%). Com isso, a taxa acumulada em 12 meses subiu para 4,56%, chegando à faixa dos 7% em algumas regiões. Os dados foram divulgados nesta terça (9) pelo IBGE.
Comer lanche fora de casa, por exemplo, ficou mais caro, assim como a gasolina. O preço médio do gás de botijão aumento pelo oitavo mês seguido. Por outro lado, caíram os preços da energia elétrica e de passagens aéreas.
Maioria tem aumento – Sete dos nove grupos registraram alta em janeiro, segundo o IBGE. Embora tenha subido menos do que no mês anterior, Alimentação e Bebidas registrou a maior variação (1,02%) e o maior impacto (0,22 ponto percentual). Transportes, com alta de 0,41%, contribuiu com 0,08 ponto. Habitação caiu (-1,07%), com impacto de -0,17 ponto.
Em Alimentação e Bebidas, grupo que tem peso de 21% no índice total, os alimentos para consumo no domicílio passaram de 2,12%, em dezembro, para 1,06%. As frutas subiram menos (2,67%), enquanto o preço da carne caiu (-0,08%). Já os preços da cebola e do tomate aumentaram – 17,58% e 4,89%, respectivamente. O óleo de soja, que em 2020 teve alta acumulada de 103,79%, caiu 1,08% em janeiro. Ontem, o Dieese apontou tendência de alta na cesta básica.
Por sua vez, o item alimentação fora do domicílio aumentou mais, de 0,77% para 0,91%. De acordo com o instituto, isso se deve, principalmente, pelo preço do lanche, 1,83% mais caro, em média.
Combustíveis mais caros – No grupo Transportes, as passagens aéreas, que haviam subido 28,05% em dezembro, agora caíram 19,93%. Já os combustíveis subiram mais (2,13%), com destaque para gasolina (2,17% e óleo diesel (2,60%). Os preços dos automóveis novos subiram 1,31%. Os ônibus urbanos tiveram variação de 0,04%, enquanto os intermunicipais recuaram 0,47%.
Em Habitação, o item energia elétrica caiu 5,60% e representou o maior impacto negativo (-0,26 ponto). Já o gás de botijão (impacto de 0,04 ponto) subiu 3,19%, na oitava alta mensal. O gás encanado também aumentou (0,22%).
Planos de saúde : alta – No grupo Artigos de Residência (0,86%), destaque para itens de mobiliário (1,48%), eletrodomésticos e equipamentos (1,58%) e artigos de cama, mesa e banho (1,27%). Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,32%), o IBGE cita plano de saúde (0,66%). “Em janeiro, foi incorporada a primeira parcela da fração mensal do reajuste anual suspenso em 2020”, diz o instituto.
Por fim, Despesas Pessoais registrou alta de 0,39%. Contribuíram para o resultado os itens cartório (7,82%), pacote turístico (1,86%), cigarro (1,14%) e serviços bancários (0,79%).
Entre as 16 áreas pesquisadas, só duas tiveram taxa negativa: o município de Goiânia (-0,17%) e a região metropolitana de Belém (-0,03%). Nas demais, o IPCA variou de 0,05% (Brasília) a 0,53% (município de Campo Grande). Na Grande São Paulo, chegou a 0,24%. Em 12 meses, o índice acumulado vai de 3,58% (Brasília) a 7,28% (Campo Grande). Em São Paulo, soma 4,30% e no Rio de Janeiro, 4,22%.
INPC supera os 5% – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,27%, ante 1,46% em dezembro e 0,19% em janeiro do ano passado. Com isso, a taxa em 12 meses subiu para 5,53%.
Os produtos alimentícios subiram 1,01%. Já os não alimentícios tiveram variação de 0,03%.
Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações da Rede Brasil Atual