No ano passado, devido à pandemia da Covid-19, não foi possível ver o tradicional presépio da Famerp (Faculdade de Medicina de Rio Preto), mas ele estava lá montado. Tradição mantida pelo trabalho do preparador de aulas práticas da instituição, Luiz Onivaldo Bizuti, e de amigos que sempre o auxiliam. A montagem deste ano já foi realizada e se transformou, além de símbolo religioso, em uma homenagem às mais de 600 mil vítimas do coronavírus no país e antigos funcionários.

“Homenageamos, em nome da Famerp, três amigos que perdemos, o doutor João Vicente Paiva Neto, professor de Farmacologia; o Sidnei Pinheiro, professor de Bioquímica e o Luis Eduardo Moreira, formado em Bioquímica. Além deles, temos referência também aos  mais de 600 mil mortos pela Covid e, é claro, ao nascimento de Jesus”, salientou Bizuti.

Fora as homenagens, as novidades deste ano são as maquetes que representam antigos locais da Famerp, a maioria hoje nem existe mais ou estão bem diferentes, como o diretório acadêmico, a antiga cantina, caixa d’água, cozinha, campo de futebol, lavanderia e até uma porteira que ficava na Avenida Faria Lima, na época que ainda existiam muitas fazendas na região. Ao todo, são mais de 200 peças no total, colocadas cuidadosamente uma a uma em um balcão de quatro metros de comprimento.

Bizuti, que trabalha na faculdade desde 1969, revela que chegou a pensar em não produzir o presépio esse ano, mas mudou de ideia devido ao amor que sente pelo trabalho.  “A gente começou faz mais ou menos 50 anos com a parte de decoração. Em 94, ganhamos um pequeno presépio. E aí começamos a montar todo ano, sempre com apoio total da diretoria da Famerp. Chega essa época do ano todo mundo quer ver o presépio”.

Em 2019, último ano que o presépio teve visitação liberada, cerca de 500 pessoas passaram pela sala do laboratório de Biologia Molecular para apreciar a obra.

Solidariedade – durante as visitações serão recolhidas doações – os valores arrecadados são doados para a Igreja do Menino Jesus de Praga. “Eles fazem marmita, sopa ou cesta básica. É pouco, mas todo mundo ajudando se transforma em algo grande”, explica o preparador de aulas práticas da Famerp.

A direção da Famerp apoia a montagem do presépio. “É algo que representa o nascimento de Jesus Cristo, verdadeiro significado do Natal. Nos traz muita paz. E atualmente o mundo precisa dessa paz. Vamos incentivar e apoiar sempre a colocação do presépio”, destacou o diretor Geral da Famerp, Francisco de Assis Cury.

Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações Comunic Comunicação Estratégica

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