O pagamento dos ex-funcionários do Hospital Nossa Senhora da Paz que encerrou suas atividades em 2002 começaram a ser efetuados no final do mês passado pela justiça trabalhista. São cerca de 300 trabalhadores envolvidos nesta ação e que esperam a mais de duas décadas para receber suas rescisões trabalhistas.
Existem ações tramitando e pagamento sendo efetuados nas quatro Varas do Trabalho, sendo que as ações que tramitavam na 2ª, 3ª e 4ª Varas já foram concluídas e neste mês está sendo pagas as da 1º Vara. As transferências dos valores devidos a cada um estão sendo feitas nas contas bancários dos ex-funcionários por meio da Caixa Econômica Federal. O maior montante de ações estava tramitando na 2ª Vara.
Segundo o advogado trabalhista Flávio Tomé, representante de uma parte dos ex-funcionários, cerca de 220 trabalhadores já receberam até o momento, ele destaca que cerca de 90% já receberam seus valores. Os valores dizem respeito a quanto cada um tinha direito a receber entre 2003 ou 2004 somando a isso os juros e correções desde este período até os dias atuais.
“De 220 pessoas, 90% não tiveram nenhum problema, não teve nenhuma reclamação e as pessoas tem que entender que agora o procedimento é judicial”, salientou Tomé.
A Justiça do Trabalho determinou a transferência para Caixa Federal e houve alguns problemas no que diz respeito aos dados dos ex-funcionários causou o atraso de alguns pagamentos como, por exemplo, CPF que não batiam e informações bancárias desencontradas. “Tem uma série de questões até todo mundo ser pago”, finalizou o advogado.
Em outubro de 2021 a venda do hospital foi concluída no valor de R$ 23,6 milhões para a empresa da cidade de São Paulo CV Hauss 01- Empreendimento Imobiliário SPE Ltda. O dinheiro da venda está sendo utilizado para quitar as dívidas dos ex-funcionários que moveram ações trabalhistas após o fechamento do hospital, esse montante fica em torno dos R$ 16 milhões.
Prédio – O imóvel que tem 12.030 m² de terreno e área construída de 9.295 m² e fica localizado em região valorizada de Rio Preto na Avenida Anísio Haddad.
Por Sérgio SAMPAIO – Da Redação Jornal do Trabalhador