Os fones de ouvido são acessórios comuns entre os adolescentes, desde a febre dos walkmans nos anos 80, porém com as mudanças causadas pela pandemia, como home office, aulas online e chamadas de vídeo para rever os familiares e amigos, eles tornaram-se essenciais na vida de pessoas de todas as idades.

Segundo o otorrinolaringologista, Luciano Pereira Maniglia, do Hiorp de Rio Preto (Hospital de Otorrino e Especialidades) e professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, o mau uso desse aparelho pode sim causar um problema conhecido como PAIR (perda auditiva induzida por ruído).

Atenção aos sinais – As três principais orientações do especialista são: ouvir no volume até 50% da potência do equipamento (aproximadamente 75 decibéis); dar preferência para o formato concha; e usar o fone no máximo duas horas por dia. O fone intra-auricular, aquele colocado dentro do ouvido, é mais prático, porém fica mais próximo do tímpano, causando uma maior intensidade no impacto sonoro.

Mesmo sendo uma perda progressiva, aparecendo com mais intensidade os sintomas depois dos 25 anos, é importante ter atenção aos sinais desde a infância e, principalmente na adolescência, observando os hábitos dentro de casa.

“Ao perceber que há alguma alteração na audição como zumbidos, ouvir e ter dificuldade de entender, pedir para repetir a fala ou escutar sons metálicos é preciso consultar um otorrinolaringologista imediatamente. Quanto antes realizar exames e iniciar algum tipo de tratamento, melhor as chances de evitar uma perda expressiva da audição”, salientou Maniglia.

Qualidade de vida e audição – Este é um assunto de saúde pública. De acordo com Luciano, a deficiência auditiva é um dos problemas de saúde que mais piora a qualidade de vida do paciente. “Existem zumbidos incapacitantes que impedem a pessoa dormir, se concentrar e até mesmo realizar atividades comuns do dia-a-dia, podendo causar quadros graves de depressão”, explica.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 466 milhões de pessoas sofrem com perda auditiva e até 2050, a expectativa é de que o problema atinja 900 milhões de pessoas. A organização ainda alerta que cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e jovens adultos estão em risco de comprometer a audição por usar dispositivos pessoais de áudio, incluindo celulares, de forma inadequada.

9 fatos que podem indicar perda auditiva:

1 – Dificuldade de compreender palavras, especialmente na presença de ruídos;

2  – Sentir frequentemente tontura;

3  – Ouvir zumbidos sem razão aparente;

4  – Ter dificuldade de concentração.

5  – Alterações de fala;

6  – Trocas de letras na escrita;

7  – Percepção de desatenção;

8  – Notas baixas na escola;

9  – Zumbidos e a assimetria da audição entre os ouvidos.

Mais informações www.hiorp.com.br

Da Reportagem Jornal do Trabalhador

Fonte: BoniPeixe Comunicação

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