A população brasileira chegou a 207 milhões e 750 mil pessoas de acordo com a prévia do Censo divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. A quantia representa um aumento de 17 milhões na comparação com a contagem feita pelo Censo de 2010. No entanto, como o Censo de 2022 ainda não foi concluído, o IBGE elaborou um modelo estatístico que juntou a população contabilizada pela pesquisa até 25 de dezembro e fez uma estimativa para os locais ainda não recenseados.
Os dados já foram entregues ao Tribunal de Contas da União e será usada na divisão do Fundo de Participação dos Municípios. Cada cidade tem direito a uma fatia de verba correspondente à sua quantidade de habitantes. De acordo com o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, os dados entregues são os mais próximos possíveis da realidade dos municípios.
Os números são inferiores, inclusive, aos da ultima estimativa calculada com base no censo de 2010 e que previa que a população brasileira já tivesse passado de 213 milhões de pessoas. Mas Azeredo explica que essa discrepância é esperada e foi verificada em ano anteriores.
Até o momento, 83,9% da população já foi recenseada, ou quase 180 milhões de pessoas, e em mais de 79% dos municípios a coleta já foi considerada concluída. O principal desafio é nas grandes cidades. Em São Paulo, por exemplo, onde estima-se que vivam 12,2 milhões de pessoas, apenas 64,67% dos domicílios previstos foram recenseados. Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte também estão com índices na casa dos 70%. Uma das estratégias para acelerar o trabalho é o disque censo, uma central que está sendo ativada de maneira gradativa nos municípios. Quem ainda não respondeu a pesquisa deve ligar para o número 137 para conferir se seu domicílio realmente não foi recenseado e agendar a visita de um pesquisador.
Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações Agência Nacional