Em parceria com a Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), a AB Triângulo do Sol, concessionária do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, apoia a campanha Janeiro Roxo, realizada pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), que visa conscientizar os usuários sobre a Hanseníase. Entre os dias 18 e 31 de janeiro, a concessionária vai publicar nos painéis eletrônicos instalados nas rodovias a mensagem “Janeiro Roxo. Todos contra a Hanseníase. Pés e mãos dormentes. Procure um médico”, que visa orientar sobre a importância do tratamento precoce.

Além dessa ação nas rodovias, a concessionária também vai divulgar a campanha na rede social Linkedin e internamente para os colaboradores.

De acordo com a SBH, antes da pandemia o Brasil registrava cerca de 30 mil casos anuais da doença, o que faz do país o segundo no mundo com mais casos de Hanseníase, ficando atrás apenas da Índia. O órgão relata que a falta de informação, inclusive por parte dos profissionais da saúde, é um dos problemas que dificultam o controle da doença no país. Com isso, a SBH alerta para a possibilidade de existência de três a cinco vezes mais casos sem diagnóstico e uma endemia “altíssima” de hanseníase, o que significa milhares de pessoas sem tratamento, sofrendo sequelas que aparecem com o avanço da doença (que poderiam ser evitadas), e transmitindo o bacilo para pessoas saudáveis.

A doença tem cura e o tratamento é gratuito. A Organização Mundial de Saúde (OMS) doa a medição para todo o Brasil e também não falta medicação no Sistema Único de Saúde (SUS).

A SBH e a campanha Todos Contra a Hanseníase são parceiras oficiais do NTD World Day – o Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas -, celebrado em todo o mundo no último domingo de janeiro.

Saiba mais sobre a hanseníase (fonte: SBH www.sbhansenologia.org.br )

O que é hanseníase?

É uma doença infecciosa e contagiosa, que causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. A pele também pode ter alteração da sensibilidade e o paciente não sente (ou tem sensibilidade diminuída) calor, frio, dor e mesmo o toque. É comum ter sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés, mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e de pelos. Atenção: o paciente pode ter dificuldades para segurar objetos, pode queimar-se e não sentir ou, por exemplo, perder os chinelos sem perceber. A doença pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular.

De onde vem a doença?

A hanseníase não é hereditária. É causada pelo bacilo Mycobacterium leprae e sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, pelas vias aéreas superiores (tosse, espirro, fala).

Como é feito o diagnóstico da hanseníase?

O diagnóstico precisa ser feito o quanto antes. A doença pode ser diagnosticada em uma consulta médica em consultório ou ambulatório. O médico analisa lesões na pele com manchas (partes da pele podem não ter sensibilidade) e alterações neurológicas específicas (dormências e formigamentos). O serviço público de saúde em todo o Brasil oferece gratuitamente o tratamento. Importante: todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase devem ser examinadas.

Hanseníase tem cura?

Sim, a hanseníase tem cura. Quanto mais cedo o tratamento, menores são as agressões aos nervos e é possível evitar complicações. O paciente que inicia o tratamento não transmite a doença a familiares, amigos, colegas de trabalho ou escola.

Como são feitos os exames?

Em muitos casos, os médicos dos serviços públicos de saúde especializados em hanseníase podem diagnosticar a doença apenas no exame clínico. Pacientes de hanseníase fazem exame dermatológico e exame neurológico.

Como é o tratamento?

O tratamento da hanseníase é simples. Em qualquer estágio da doença, o paciente recebe gratuitamente os medicamentos para ingestão via oral – os medicamentos destroem os bacilos. O tratamento leva de 6 meses a 1 ano. Se seguir o tratamento cuidadosamente, o paciente recebe alta por cura.

Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações AB Triângulo do Sol

 

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