Uma realidade que chama a atenção dos comunicadores brasileiros. Em 2022 foram registrados 376 casos de agressões a jornalistas e veículos de comunicação, o que equivale a praticamente um caso por dia. Os dados são de um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Fenaj, a Federação Nacional dos Jornalistas.

De acordo com o estudo, os números, apesar de elevados, são menores que os de 2021, ano recorde desde o início da série histórica dos levantamentos feitos pela Federação, quando foram registrados 430 casos. O relatório também aponta que a descredibilização da imprensa foi a violência mais frequente. E que houve crescimento de 133,33% nas ocorrências de ameaças, hostilizações e intimidações a jornalistas, com 77 casos, e aumento de 88,46% nas agressões físicas, com 49 registros.

O relatório ainda destaca o brutal assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, em uma emboscada, junto com o indigenista Bruno Pereira, em Atalaia do Norte, no Amazonas. E aponta que as agressões diretas a jornalistas tiveram crescimento em todas as regiões do país, sendo o maior número no Centro-Oeste e as de menor número o Nordeste e o Sul. O Distrito Federal é o líder, com 30,57% dos registros, o que equivale a 88 casos.

De acordo com Samira de Castro, presidenta da Fenaj, esses resultados podem ser explicados pela tensão política no país. Ela também aponta meios para reverter a situação.

Ainda de acordo com Samira, os jornalistas não devem naturalizar as agressões sofridas. E precisam procurar imediatamente os órgãos de proteção ao serem vítimas de algum tipo delas.

Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações Agência Brasil

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