Novo Ranking do Saneamento Básico, divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Trata Brasil, põe Rio Preto em 1º lugar entre os municípios com a melhor qualidade de serviço de saneamento oferecido à população. O levantamento que contempla as 100 maiores cidades, onde habitam 40% da população, foi feito com base nos dados do Ministério das Cidades, pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – ano base 2021.
Os resultados indicam que Rio Preto melhorou oito posições em relação ao ano passado, deixando o 9º lugar e passando a ocupar topo entre as melhores cidades do País. Pela primeira vez na história do Ranking do Saneamento, um município – no caso Rio Preto – obteve nota máxima em todas as dimensões analisadas. A nossa cidade apresentou os indicadores dos serviços básicos alinhados com as metas previstas pelo Marco Legal do Saneamento.
“Tenho orgulho de ter criado o Semae, em meu primeiro mandato como prefeito de Rio Preto. No mês que o município comemora mais um ano de fundação, a posição do Semae no ranking do saneamento em 1º lugar é um presente para todos nós rio-pretenses”, disse o prefeito Edinho Araújo.
Para o superintendente o Semae, Nicanor Batista Jr., a primeira posição no ranking do Trata Brasil aumenta, ainda mais, a responsabilidade do Semae com o saneamento básico de Rio Preto.
“Os investimentos continuarão dentro de um planejamento responsável e com tarifas adequadas. O primeiro lugar no ranking de saneamento do País divulgado pelo Instituto Trata Brasil é para nós motivo de muito orgulho. A nossa responsabilidade aumenta para manter a qualidade do serviço de um primeiro lugar. Esse resultado se deve aos servidores, que são incansáveis na prestação dos serviços e comprometimento. Também se deve ao prefeito Edinho Araújo que, em 2001, salientou o Semae”, declarou Nicanor Batista Jr.
Segundo Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil, o caminho para atingir o grau de excelência é ter metas, condições claras para o saneamento e manter fluxo de investimento ao longo do tempo. Rio Preto tem um investimento anual per capita de R$ 124,66 e atingiu o nível de universalização do saneamento – quando o abastecimento chega a 99% da população e a coleta e tratamento de esgoto, a 90%.
Em Rio Preto, o tratamento de esgoto atinge os 100% coletados. Na quarta-feira (22/2), o prefeito Edinho Araújo e o superintendente do Semae, Nicanor Batista Jr., inauguram o Sistema de Coleta, Afastamento e Recalque de Esgoto do Distrito de Talhado, Carlos de Arnaldo e toda uma bacia que compreende uma área de 7.417, 29 hectares. Essa obra faz parte da ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Rio Preto. No total, foram investidos cerca de R$ 21,7 milhões e instalados 24 quilômetros (km) de redes.
Essa é a última etapa para que praticamente 100% do esgoto produzido nos distritos e na área urbana de Rio Preto seja coletado e conduzido para tratamento, na Estação de Tratamento de Esgoto, ETE – Rio Preto.
A obra é composta pela Estação Elevatória de esgoto bruto, por um sistema de bombeamento de recalque e pelos interceptores de Talhado, de um trecho de 6,3 km e do Distrito Industrial Carlos de Arnaldo até a Estação Elevatória, com 7,1 km de extensão.
Perdas – Um dos itens que colaboraram para a classificação em 1º lugar é o combate às perdas. Rio Preto tem a 4ª menor perda água tratada no país, segundo estudos do Instituto Trata Brasil A classificação insere o município no grupo com padrões de excelência em perdas de água.
Somente oito dentre os 100 municípios mais populosos do Brasil atendem às metas da Portaria nº 490/2021 do MDR – Ministério do Desenvolvimento Regional que prevê até 25% em perdas na distribuição e de 216 L/ligação/dia, até 2034. São eles: Petrópolis, Campinas, Limeira, Rio Preto, Taboão da Serra, Campo Grande, Aparecida de Goiânia e Goiânia. As perdas da água produzida pelo Semae são da ordem de 20,32%. Desse total, 9,49% são perdas comerciais, ou seja, problemas nos hidrômetros e fraudes. Outros 10,83% são perdas físicas.
O Semae tem um Programa Permanente de Redução de Perdas. A autarquia tem atuado na substituição de tubulações e de ramais, que hoje são em torno de 185 mil, em 2.200 quilômetros de rede. Também foram intensificadas as ações educativas sobre o uso racional da água.
No Brasil – A falta de acesso à água potável impacta quase 35 milhões de pessoas e cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde da população que diariamente sofrem, hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica.
Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem grandes dificuldades com o tratamento do esgoto, do qual somente 51,20% do volume gerado é tratado – isto é, mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.