Mesmo com taxas de juros que insistem em não cair, dificultando o acesso aos financiamentos, o mercado imobiliário paulista tem registrado bons resultados em 2023.
No 5º mês do ano, vendas e locações de casas e apartamentos usados somaram índices positivos, colocando esse segmento na mira de investidores e de famílias que procuram pela casa própria.
De abril para maio, a Pesquisa feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de SP (CRECISP) com 782 imobiliárias apontou um crescimento de 7,46% no total de imóveis vendidos, acumulando alta de 22,62% em 2023.
O volume de propriedades alugadas também aumentou nesse período: o índice ficou 12,11% maior entre abril e maio e positivo em 20,43% no acumulado do ano.
Dividido em 4 regiões, o Estado de São Paulo só apresentou queda nas vendas da Grande São Paulo, de -18,96%; e nas locações do Litoral, de -4,37%.
As vendas em alta na Capital (+7,15%); no Interior (+32,96%) e no Litoral (+3,91%) sinalizam que retorna a confiança na política econômica do governo.
Um número maior de contratos de locação também foi assinado em maio na comparação com abril. Os índices estão positivos na Capital (+12,12%); Interior (+2,64%) e Grande São Paulo (+38,64%).
A disputa entre negócios fechados à vista ou por crédito imobiliário concedido pela CAIXA e por bancos privados fechou maio quase em empate: 49,63% das vendas foram por financiamento e 48,37% à vista. O restante dos negócios foi feito por parcelamento direto com o proprietário (1,75%) e por consórcios (0,25%).
No quesito garantias de locaç,ão, fiador e seguro fiança também empataram na preferência dos inquilinos, registrando percentuais de 33,35% e 33,02% na Pesquisa do CRECISP. O restante dos locatários preferiu os depósitos em poupança (20,01%), a caução de imóveis (5,24%) e a cessão fiduciária (1%), além de 7,38% dos contratos que foram fechados sem garantia locatícia.
Após 5 meses, com queda nas vendas de apenas -3,43% em abril e de redução no número de novos alugueis de -29,03% (somando os meses de março e abril), o mercado de casas e apartamentos usados segue firme como boa opção para moradia ou investimento.
Da Reportagem Jornal do Trabalhador