A montagem das estruturas que servirão de abrigo para os gatos que vivem na Represa, em Rio Preto, teve início nesta semana. No total, serão oito conjuntos. Os cercados de madeira já haviam sido instalados anteriormente, demarcando os locais. Agora, os blocos de concreto são montados em arranjos de oito unidades, dispostas em dois andares. O projeto é da Secretaria do Bem-Estar Animal, em parceria com as pastas de Meio Ambiente e Urbanismo e Serviços Gerais.
O objetivo é proteger os gatos e preservar a ração deixada pelas cuidadoras para os felinos, pois atualmente esse alimento é disputado por gansos e marrecos que vivem no local. Além disso, a estrutura servirá de abrigo para intempéries climáticas e predadores. Os gatos poderão transitar livremente pelos espaços, entre as ripas, projetados para impedir a passagem de outros bichos, como capivaras, cachorros e aves. As portas de acesso, que servirão para as cuidadoras colocarem a ração, assim como para a higienização do local, ficarão trancadas para evitar furtos.
“Muitos dos gatos que vivem na colônia da Represa foram abandonados por seus tutores, o que é crime. Mas o problema está posto e precisa ser resolvido. Depois de várias tentativas, optamos por fazer esses espaços, que estamos chamando de pet cats, para que as cuidadoras possam colocar água e comida e ter a garantia que serão consumidas pelos gatos e não por outros animais. As protetoras vão gastar menos e os gatos ficarão mais felizes”, afirma a secretária do Bem-Estar Animal de Rio Preto, Cláudia De Giuli.
Bem-estar – Os cercados de madeira serão cobertos por cerca viva. As estruturas ficam às margens do Lago 2, entre o Sesi e o Colégio Ressureição. Dezenas de felinos vivem na colônia no Parque da Represa. O Bem-Estar Animal, em parceria com as cuidadoras, castra os animais, para combater o aumento populacional e controlar doenças. “O bem-estar animal é o bem-estar da humanidade. Porque é difícil ver um animal sem abrigo, doente. Reforço mais uma vez: não abandone seu animalzinho”, frisa a titular da pasta.
O abandono de animais é crime, previsto pela lei federal nº 9.605/98. Em 2020, a pena de maus-tratos foi aumentada para reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda, quando se tratar de cão ou gato. O Conselho Federal de Medicina Veterinária define como maus-tratos “qualquer ato, direto ou indireto, comissivo ou omissivo, que intencionalmente ou por negligência, imperícia ou imprudência provoque dor ou sofrimento desnecessários aos animais”.
Da Reportagem Jornal do Trabalhador
com informações SMCS