O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo, recebeu, na última quarta-feira (09), na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o prêmio na categoria “Melhores Evoluções no Ranking do Saneamento”, concedido pelo Instituto Trata Brasil. Rio Preto avançou oito posições no Ranking de Saneamento, entre 2022 e 2023. Entre as cidades que mais evoluíram no Ranking, foi da 9ª posição, em 2022, para ocupar o 1º lugar na edição deste ano, sendo o primeiro município a alcançar a pontuação máxima.

Edinho participou da 7ª edição do Prêmio ‘Casos de Sucesso & ESG’. O evento, organizado em parceria com o Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da Fundação Getúlio Vargas, tem como intuito prestigiar municípios e concessionárias que são destaques positivos na promoção do saneamento brasileiro. Ele estava acompanhado do superintendente do Semae, Nicanor Batista Jr. e de diretores da autarquia.

O Ranking do Saneamento Básico, divulgado dia 20 de março pelo Instituto Trata Brasil, põe Rio Preto em 1º lugar entre os municípios com a melhor qualidade de serviço de saneamento oferecido à população. O levantamento que contempla as 100 maiores cidades, onde habitam 40% da população, foi feito com base nos dados do Ministério das Cidades, pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – ano base 2021.

Pela primeira vez na história do Ranking do Saneamento, um município – no caso Rio Preto – obteve nota máxima em todas as dimensões analisadas. A cidade apresentou os indicadores dos serviços básicos alinhados com as metas previstas pelo Marco Legal do Saneamento.

Rio Preto também se insere no grupo com padrões de excelência em perdas de água, segundo estudos do Trata Brasil. Somente oito dentre os 100 municípios mais populosos do Brasil atendem às metas da Portaria nº 490/2021 do MDR – Ministério do Desenvolvimento Regional que prevê até 25% em perdas na, até 2034. São os casos de Petrópolis, Campinas, Limeira, Rio Preto, Taboão da Serra, Campo Grande, Aparecida de Goiânia e Goiânia.

As perdas da água produzida pelo Semae são da ordem de 20,98%. Desse total, 10,30% são perdas comerciais, ou seja, problemas nos hidrômetros e fraudes. Outros 10,68% são perdas físicas.

Para o prefeito Edinho Araújo, os investimentos em infraestrutura, feitos, durante seus primeiros mandatos, possibilitaram o planejamento sanitário de Rio Preto. “Quando assumi, não se sabia o valor do metro cúbico de água. Também tínhamos problemas na parte de esgoto, uma vez que somente 3% do esgoto era tratado. Hoje, o Semae é uma autarquia enxuta e financeiramente saudável, que possui capacidade de investimento. Rio Preto também é destaque no combate às perdas, com o índice de 20,98%. Nossa meta é chegar a marca de 15% de perdas.”

Para prestigiar os casos, foram definidas quatro diferentes categorias: ‘Melhores Evoluções em Tratamento de Esgoto; ‘Melhores Evoluções em Perdas de Água’; ‘Melhores evoluções no Ranking do Saneamento’; e ‘Melhores Casos ESG’, premiando as concessionárias que mais se destacaram em ações consoantes aos pilares ESG (ambiental, social e governança, do inglês environmental, social and governance).

Entre as cidades escolhidas pela evolução apresentada nos últimos anos em saneamento, estão: Mauá (SP), Cuiabá (MT), Aparecida de Goiânia (GO), São José do Rio Preto (SP), Niterói (RJ), Sorocaba (SP), Taboão da Serra (SP) e São José dos Pinhais (PR). Em relação aos premiados na categoria ESG, estão as concessionárias Sabesp, Aegea e Iguá.

O superintendente do Semae, Nacanor Batista Jr., ressaltou que, por meio de muito trabalho e comprometimento, é possível se manter entre os melhores serviços de saneamento do Brasil. “O prêmio recebido, nessa tarde, nos credencia como referência nacional. Para chegarmos a esse grau de excelência, fizemos um plano diretor de gestão estratégica. Definimos as metas de curto, médio e longo prazo. Como as ações já foram planejadas, é possível executá-las com maior precisão. A combinação de técnicos qualificados, gestão e planejamento possibilitou que uma autarquia municipal chegasse ao primeiro lugar em serviços de saneamento do País.”

Para Luana Pretto, Presidente Executiva do Instituto Trata Brasil, a premiação é uma oportunidade de prestigiar o empenho promovido na busca pela universalização do saneamento, além de fomentar que outros municípios busquem soluções e estratégias para alcançar as metas estabelecidas pela Lei 14.026/2020, o ‘Novo Marco Legal do Saneamento’, que estipula que, até 2033, 99% da população brasileira tenha acesso à água tratada e 90% à coleta e tratamento de esgoto.

No país, a precariedade do saneamento básico ainda é vivida por milhões de brasileiros. Os indicadores nacionais apontam que mais de 33 milhões de habitantes vivem sem acesso à água potável e aproximadamente 93 milhões não são atendidos com coleta de esgoto, enquanto somente 51,2% do volume de esgoto gerado é tratado, ou seja, mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.

Para Gesner Oliveira, Professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e Coordenador do CEISA-FGV, o prêmio “Casos de Sucesso” é parte integrante do conjunto de ações necessárias para se atingir a universalização em tempo hábil.

Da Reportagem Jornal do Trabalhador

Com informações SMCS