Essa onda de calor extremo que atinge Rio Preto nos últimos dias, com termômetros na casa dos 40ºC, não afeta somente a rotina dos humanos, mas incomoda também os animais domésticos. A chegada da primavera, seguida do verão, acende o alerta em relação a cuidados com pets. É preciso precauções para minimizar os danos das altas temperaturas em cães e gatos. O médico veterinário Arthur Rodrigues Silva, da Secretaria do Bem-estar Animal, dá dicas essenciais para o período.

Para começar, a questão da hidratação. Certifique-se de que seu pet tenha acesso constante a água fresca, especialmente em dias muito quentes. Mantenha as tigelas de água sempre cheias e verifique regularmente se os recipientes não estão vazios.

Outro ponto de cautela é em relação à temperatura do animal, o qual pode facilmente superaquecer, principalmente se exposto ao sol ou mantido em ambientes com temperaturas elevadas durante longos períodos. Cães e gatos devem ficar na sombra e, se possível, dentro de casa nesses períodos de termômetros acima da média. É importante que a residência esteja ventilada.

Não é recomendado sair com o animal em horários nos quais a superfície esteja muito quente. Calçadas de concreto e vias asfaltadas podem chegar a temperaturas que causem queimaduras nas patas sensíveis dos animais. Caso haja necessidade, use protetores de patas ou transfira o passeio para períodos mais frescos, como início da manhã ou fim de tarde e noite.

Vulneráveis – “Os animais são especialmente vulneráveis a golpes de calor. Preste atenção aos sinais de superaquecimento, como respiração pesada, ofegação excessiva, letargia, fraqueza e gengivas vermelhas ou pálidas. Se você suspeitar que seu pet está sofrendo um golpe de calor, resfrie-o com água fresca, leve-o para um local mais fresco e entre em contato com um veterinário imediatamente”, aconselha Arthur.

O médico veterinário ainda chama a atenção para considerações específicas da espécie, pois cães braquicefálicos (cabeça de formato achatado e focinho curto) e gatos são mais propensos a problemas respiratórios e superaquecimento.

“O tutor deve se informar sobre as necessidades específicas da espécie e tomar medidas adicionais para mantê-los confortáveis. É sempre recomendado buscar orientação veterinária para cuidar adequadamente do seu pet, especialmente em condições climáticas extremas”, complementa o profissional.