Destacar-se em uma entrevista de emprego não é uma tarefa fácil, cuidar da forma como se posiciona em um processo seletivo é fundamental para ganhar visibilidade e garantir a vaga de emprego.

Uma pesquisa feita pelo Grupo Zety, de recolocação profissional, mostra que apenas 10% dos candidatos são chamados para entrevistas, e somente 2% dos que iniciam um processo seletivo são aprovados.

Para Lucimara Costa, head de pessoas e cultura da Nexti, em primeiro lugar os recrutadores avaliam se o candidato atende aos requisitos técnicos da posição e depois avaliam a forma como o candidato se apresenta na entrevista. “Desinteresse em relação a empresa evidenciam um despreparo no processo seletivo. Quando a entrevista é online, a falta de cuidado com ambiente adequado e câmera desligada, não são bem vistos, explica.Independentemente da empresa ou ramo de atuação, o ideal é que os colaboradores contem com habilidades técnicas que o permitam executar determinadas tarefas. Mas as organizações são formadas por pessoas, por isso, as competências socioemocionais também são fatores decisivos na escolha de um ou outro candidato, é assim que surgem as avaliações de soft skills e hard skills.

Soft skill é o termo utilizado por profissionais de recursos humanos para definir habilidades comportamentais e hard skills são habilidades e capacidades técnicas que as empresas conseguem perceber facilmente, muitas vezes apenas analisando o currículo.

“Para os recrutadores, o balizador sempre são as soft skills. Acreditamos que as habilidades técnicas são mais fáceis de desenvolver, já se a falta de algumas soft skills podem não somente demorar como também prejudicar o ambiente de trabalho”, comenta Lucimara.

O momento em que provavelmente o recrutador irá tentar descobrir quais são suas soft skills é na entrevista. Inclusive, esse processo pode ser conhecido como “entrevista por competências”. Geralmente, a pergunta que introduz esse questionamento é, por exemplo:

  • Quais são as situações que você vivenciou durante a trajetória profissional que foram desafiadoras?

Suponhamos que ele tenha sido bem-sucedido na situação que apresentou, isso garante que fique claro os seguintes pontos:

  • Capacidade de resiliência durante um projeto;
  • Capacidade de autogerenciamento;
  • Capacidade de formar sucessão: colocou pensamento estratégico em prática e pode gerar novas ideias dentro de uma equipe.

“Muitas vezes optamos por candidatos com menos conhecimento/experiência técnica, mas que com esse bom relacionamento demonstra muito potencial. As empresas são feitas por pessoas e as competências socioemocionais são importantes”, finaliza a head de pessoas e cultura.

Da Reportagem Jornal do Trabalhador

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