O Prêmio Arthur Bispo do Rosário divulgou nesta semana os vencedores da nona edição da premiação idealizada pelo Conselho Regional de Psicologia para usuários de serviços de saúde mental do Estado de São Paulo. Das cinco categorias existentes, Rio Preto foi premiada em três: Esculturas/Instalações, Pinturas/Ilustrações e Vídeos.
Na categoria Esculturas/Instalações, o adolescente Raul Roberto Borges da Silva, 17 anos, ficou com o primeiro lugar pela obra “A história do menino e da menina autista”, enquanto Rhayra Chagas Barbosa, de 11 anos, ficou com o terceiro lugar pela obra “Martha Graham”. Raul é atendido no CAPS Infantil Sul com a supervisão das artesãs Elineia Fernanda de Souza Silva, Marilde Santos Nunes e da terapeuta ocupacional Maria Paula Denerval Renzo. Já Rhayra é atendida no CAPS Infantil Norte, sob a supervisão da artesã Maria da Glória Santos Nunes e da psicóloga Tainá Valin Sechineli.
O município também obteve o primeiro lugar na categoria Pinturas/Ilustrações, com a obra “Noite eterna”, de Alex Rodrigues Binhardi, atendido no CAPS Infantil Sul, sob a supervisão da artesã Elineia Fernanda de Souza Silva.
Na categoria Vídeos, o usuário do CAPS AD III Sul Jonas Ferreira Jovino ficou em quinto lugar com a produção “A saúde mental e a expressão artística”. A supervisão do trabalho foi da educadora física Rafaela Cristina dos Santos.
O Prêmio recebeu 275 obras e classificou cinco por categoria. As obras classificadas participarão de uma exposição em São Paulo entre os dias 2 e 25 de maio de 2025.
Prêmio Arthur Bispo do Rosário
Criado há 24 anos, o Prêmio Arthur Bispo do Rosário visa identificar, valorizar e divulgar obras de artistas usuários de serviços de saúde mental que residam no Estado de São Paulo. O prêmio tem a intenção de fortalecer o compromisso da psicologia na defesa da garantia de direitos dos usuários dos serviços de saúde mental e pessoas em sofrimento psíquico e das políticas antimanicomiais.
O nome do prêmio é uma homenagem a Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), sergipano que passou praticamente 50 anos internado em uma instituição manicomial localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Arthur Bispo do Rosário foi diagnosticado em 1939 como esquizofrênico paranoico e passou boa parte de sua vida em um delírio místico, no qual via-se como o próprio Jesus Cristo. Bispo do Rosário empreendeu um intenso processo inventivo, produziu objetos, bordados, esculturas com materiais de uso comum do hospital e considerava sua obra um inventário do mundo para apresentar a Deus.
com informações e foto SMCS