Primeiramente, caso ainda não conheça, esse profissional tech é responsável por atuar entre as áreas de marketing, tecnologia, comunicação e negócios, sendo responsável majoritariamente por identificar as necessidades do cliente de uma empresa e a viabilidade dos produtos e serviços da mesma para atender as necessidades do mercado.
Voltando ao estudo, um dos highlights mais relevantes do Panorama de Product Management no Brasil (2022-2023), realizada pela PM3 – escola referência em educação de produtos digitais do Brasil -, está relacionado aos altos salários praticados na área de Product Management (que envolve cargos de Product Manager, Product Owner, Lideranças de Produto, Product Designer, Business Analytics). Aqui, apresentou um recorte nacional desses números, antes de serem recortados por estado.
- O mercado está pagando mais. Houve um aumento generalizado dos salários entre 2022 e 2021, com diminuição do percentual de profissionais que ganham entre R$ 2.000 e R$ 12.000 e aumento nas faixas salariais maiores, a partir de R$ 12.001 e até mais de R$ 30 mil.
- A média salarial da área de Product Management ficou em R$ 12.147, um aumento de 20% comparado com 2021, que foi de R$ 10.092.
- Já o cargo de Product Manager teve um aumento relativo ainda maior, de 30%, indo de R$10.056 em 2021 para R$ 13.056 em 2022.
Salários de Product Manager – 2022 x 2021
- Entre R$2.000 – 5.000: 5,1% (em 2021 foi 14,3%)
- Entre R$5.000 – 8.000: 13,3% (em 2021 foi 20,8%)
- Entre R$8.001 – 10.000: 17,1% (em 2021 foi 16,7%)
- Entre R$10.001 – 12.000: 17,1% (em 2021 foi de 16,3%)
- Entre R$12.001 – 15.000: 25,3% (em 2021 foi de 20,0%)
- Entre R$15.001 – 20.000: 18,4% (em 2021 foi de 10,3%)
- Entre R$ 21.001 – 30.000: 3,8% (em 2021 foi de 1,6%)
A maior parte dos respondentes, 43,4%, acredita ganhar em linha com o mercado e se diz satisfeita com o salário. No caso de Product Manager e Lideranças, essa satisfação é ainda maior, com 50,2% e 51,7%, respectivamente, respondendo estarem satisfeitos.
Outro recorte interessante são os salários por estados. O estado de SP é o que paga o maior salário, com uma média de R$ 13.399 e com a maior fatia dos respondentes, 20,3%, recebendo entre R$ 15.000 e 20.000. Depois dele, se destaca o estado de Santa Catarina, com uma média de R$ 12.163 e com a maior fatia dos respondentes, 38%, recebendo entre R$ 8.000 e 12.000. Seguido de Rio de Janeiro, com média de R$ 11.637; Paraná, com média salarial de R$ 11.316; Minas Gerais, com média de R$ 10.128; e, por último, Rio Grande do Sul, com média salarial de R$ 9.883. Abaixo você pode ver a relação completa:
“O mercado de Produto acompanha o de Tecnologia. Da mesma forma que há uma demanda crescente por desenvolvedores, as empresas estão identificando a necessidade de ter um time focado na gestão de produto. Ou seja, as organizações estão entendendo que existem variáveis em torno da criação de um produto digital, que tornam complexo o processo de conectar os interesses do negócio à dor do usuário. Por essa razão, profissionais da área tendem a ser mais valorizados, principalmente se considerarmos uma função como a de Product Manager, que exige um perfil generalista e dotado de habilidades diversas”, salienta Marcell Almeida, CEO da PM3, escola referência na educação de produtos digitais no Brasil.
O mercado de Produtos vem atraindo profissionais inclusive de outras áreas, essa foi a experiência do Felipe Barbosa, Product Marketing Manager do Nubank. Apesar da formação em Administração de Empresas, o profissional realizou uma uma pós em Marketing Digital e atuou dez anos na área de especialização, sendo sete também dedicados a Produto em empresas de tecnologia.
“Trabalhava em uma empresa de tecnologia, responsável pela área de Marketing. Foi em 2014 que comecei a atuar no desenvolvimento e gestão de produtos, mas só em 2015 que encontrei um termo que contemplava o meu trabalho: Product Marketing. Uma união da formação acadêmica em Marketing mas com um viés estratégico do qual eu gostava muito. Meu primeiro passo foi buscar essa posição na empresa que eu já estava, o que deu super certo. Apenas em 2017 me vi passando oficialmente por um novo processo seletivo, agora mais confiante e experiente”, destaca Barbosa.
O que acha do material? Com esses dados, aspas de especialistas e de personagem, será que conseguimos negociar uma reportagem?
Se precisar de qualquer informação adicional, sigo à disposição.
Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações