Com a aproximação do período de festas, a tendência é que aumentem os casos de assaltos, furtos e roubos em residências, condomínios, lojas e empresas. Segundo Vinicius Vaz Ferreira, especialista de segurança do Grupo GR, as comemorações de Natal e Ano Novo geram maior fluxo de pessoas, o que exige mais atenção à segurança. Neste caso, para inibir a ação de criminosos, é preciso que os condomínios, tanto verticais quanto horizontais, invistam cada vez mais em segurança e enxerguem a tecnologia como uma aliada.

“É preciso realizar uma análise de risco completa no condomínio e propor controles e soluções para cada risco”, propõe Vaz. E para inibir invasões, furtos ou roubos, o especialista recomenda que sejam utilizados equipamentos e sistemas eletrônicos. “Os avanços tecnológicos proporcionaram aos dispositivos de segurança ganhos em eficiência, precisão e desempenho. Portas, portões automatizados e sistemas de identificação através de Reconhecimento Facial para controle de acesso, por exemplo, são medidas bastante efetivas e que ajudam a reduzir os índices de violência. Além disso, grande parte das invasões em condomínios de casas e apartamentos são de criminosos que conseguem burlar os sistemas de segurança eletrônica, inclusive pela portaria principal”, conta.

Ele esclarece que é importante redobrar a atenção. “Por exemplo, quando um morador vai sair e encontra algum desconhecido na porta, muitas vezes permite que essa pessoa entre, e é aí que acontecem os assaltos. Uma boa solução é estabelecer normas e protocolos internos de segurança que eliminem a entrada de pessoas estranhas, como o cadastramento tanto de moradores quanto de visitantes. Também são interessantes equipamentos que deem mais autonomia aos moradores, como aplicativos que facilitem a identificação.”

Para o especialista, é recomendado ter um projeto de segurança personalizado para o condomínio. “Com o objetivo de captar clientes e fechar contrato, muitas empresas de segurança oferecem pacotes de soluções prontas, com preços bem abaixo do mercado. Porém, se esse pacote contratado não for adequado para o condomínio, ele pode ficar ainda mais vulnerável a invasões devido ao sistema generalizado que foi instalado. Todo projeto de segurança eletrônica deve ser desenvolvido especificamente para cada local e para cada necessidade de proteção”, afirma.

Outro alerta de Vaz é para que os equipamentos de segurança estejam sempre atualizados. “Quando se fala em instalação de sistemas eficazes, é preciso levar em consideração toda a manutenção e suporte oferecido pela empresa responsável pelo projeto, além da verificação da necessidade de atualização dos equipamentos. O mau funcionamento compromete a segurança do condomínio que, consequentemente, fica mais vulnerável a ações de criminosos. Além disso, para fidelizar os clientes e mostrar a preocupação em atendê-los bem, é preciso que as empresas os mantenham atualizados sobre as novidades do mercado e prestem todo o suporte, caso seja necessário fazer a troca de algum aparelho.”

No caso da tecnologia e estratégia recomendadas para os condomínios, Vaz indica a Proteção I.V.A., uma das tecnologias em segurança de condomínio mais avançadas para controle perimetral. Ela utiliza o infravermelho ativo para detectar movimentos e disparar alarmes. “Neste caso, se alguém tentar invadir o condomínio, o alarme é acionado automaticamente e todas as medidas para contenção podem ser tomadas rapidamente”, diz. Segundo ele, além de ser mais segura, não oferece os riscos de soluções ultrapassadas como cercas eletrificadas que podem ferir animais ou crianças acidentalmente.

Vaz recomenda também o sistema de câmeras de segurança e circuito interno de TV que auxiliam na identificação dos responsáveis por delitos dentro e fora do condomínio. “As câmeras permitem que os moradores sejam socorridos em caso de acidentes nos espaços de convivência e circulação interna. É uma tecnologia que protege os moradores e a comunidade local”, esclarece.

E indica os sistemas de eclusas, para controlar o acesso de veículos e pedestres a determinados espaços de um condomínio, que funcionam como áreas de checagem de segurança em etapas. “Assim, um veículo ou uma pessoa só é liberada para acesso total após serem verificadas em dois acessos. O acesso por reconhecimento facial para o condutor do veículo e LPR para identificação do veículo gera um double check na liberação do acesso, sendo uma das mais importantes tecnologias disponíveis para garantir a segurança em condomínios de alto padrão, já que utiliza um sistema integrado para liberar ou restringir o acesso ao condomínio e às suas dependências.”

Outras recomendações são os elevadores com código de segurança, que impedem o acesso de pessoas não autorizadas ao apartamento. Eles costumam operar por meio de códigos, cartões magnéticos ou biometria. Os códigos podem ser informados às pessoas de confiança para permitir o acesso.

“Além disso, existem os aplicativos para gestão de condomínios, que são softwares desenvolvidos com objetivo de facilitar e tornar mais eficazes a administração e a segurança. As opções variam de acordo com a funcionalidade e a complexidade necessárias a cada empreendimento. Eles estão disponíveis em forma de apps que podem ser instalados em tablets, smartphones ou desktops ou estar integrados a grandes sistemas para condomínios”, conclui.

Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações Engaje! Comunicação Inteligente

 

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