Na busca por uma educação moderna, que mescla consciência social, responsabilidade ambiental e tecnologia, a Escola Municipal Antônio de Souza, do Residencial Caetano, em Rio Preto, retomou neste semestre o projeto Robótica Educacional Sustentável para 256 alunos de 4º e 5º ano.
O trabalho começou por meio de uma iniciativa da professora Ana Carolina Tuena, que enxergou no projeto uma oportunidade para potencializar os conhecimentos dos alunos, que na fase escolar, estão em pleno desenvolvimento e abertos a novas possibilidades.
“Tudo começou na pandemia, quando percebemos a necessidade de usar a tecnologia. Na época fiz várias pesquisas na internet sobre o assunto e encontrei um projeto parecido desenvolvido em uma comunidade do Rio de Janeiro. Falei com a diretora Maria Emília e com a coordenadora Kesi que aprovaram a ideia. Para nós o projeto não precisava estar 100% pronto, o importante era começar”, diz a professora.
O ensino de robótica tem promovido diversos benefícios aos jovens, estimula a capacidade de resolução de problemas, auxilia na organização, potencializa a criatividade e desenvolve o raciocínio lógico e analítico. A experiência tem sido boa e conta com a aprovação dos alunos.
Para que essas competências sejam desenvolvidas, o trabalho é realizado de forma multidisciplinar. “Trabalhamos com aplicativos, formulários, mostramos a importância da reciclagem para a preservação do meio ambiente e até agora já foram construídos prédios com iluminação, carrinhos utilizando tampinhas de garrafa, motores elétricos que a gente reaproveita de aparelhos eletrônicos, fios elétricos utilizados são recicláveis e a cada nova construção a gente aprende sobre mecânica, meio ambiente, física, matemática e português”, informa Ana Carolina.
Materiais descartáveis ganharam nova utilidade com a aplicação do projeto, que conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME). “No curso de robótica nós utilizamos computadores antigos, aparelhos eletroeletrônicos, DVD, impressoras que não são mais utilizadas, inclusive nós temos uma parceria com a secretaria, na pessoa do Jean, que fornece esses materiais para nós”, explica a coordenadora.
“O projeto está alinhado com a competência 5 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), conhecer, utilizar e criar tecnologias de informação e comunicação de forma ética, desenvolvendo o protagonismo com as crianças e o mais importante para gente também não é nem o produto final, que seria o robô, mas todo o percurso de aprendizagem do aluno, porque está trabalhando com a interdisciplinaridade, com questões socioemocionais, envolvendo trabalho em grupo e tomadas de decisões no coletivo”, conclui Kesi Cristina Franco Tiosso.
Da Reportagem Jornal do Trabalhador
com informações SMCS