Sindicatos filiados a Fequimfar (Federação dos Químicos do Estado de São Paulo) que tem em sua base trabalhadores do setor sucroenergético participaram na última terça-feira (24) de reunião com o presidente da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) Evandro Gussi, na sede da entidade patronal.
Ao todo 140 usinas no Estado de São Paulo fazem parte da UNICA, sendo que 74 destas unidades tem trabalhadores representados por sindicatos filiados a Fequimfar.
Segundo João Pedro Alves Filho, presidente do Sindalquim (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação do Álcool, Químicas e Farmacêuticas) essa reunião com o presidente da UNICA voltou a acontecer após um longo período que durava mais de 5 anos. Na oportunidade eles puderam levar informações sobre as mudanças que aconteceram neste período dentro do setor sucroenergético, o que pode acontecer e o que está vindo para as negociações de 2025.
“Depois de quase duas horas de conversa onde todos tiveram direito de voz falando com o presidente (da UNICA) e com a mediadora do Estado, a gente (sindicalistas) levamos nossa preocupação”, salientou Alves Filho.
Ele destaca que com o aumento do emprego no país, muitos trabalhadores estão deixando o setor e partindo para outras áreas que muitas vezes apresentam condições e benefícios mais atrativos para os trabalhadores. “Por conta de salários, demanda de Tíquete (Alimentação), algumas empresas que não têm Convênio Médico. Então tem essa demanda, então está tendo uma rotatividade muito grande”.
Ele destaca que essa realidade faz parte do dia a dia das empresas, pois diariamente elas estão com anúncios de vagas abertas em suas unidades.
A busca para o ano que vem é conseguir avançar mais do que aconteceu nos últimos anos que foram difíceis. “Infelizmente não tivemos a valorização do V.A. e algumas empresas por incrível que pareça na região de Rio Preto, nem uniforme está dando para os trabalhadores. Então isso estamos colocando como ponto de honra e estamos levando isso ao conhecimento, não só na nossa região, mas a conhecimento de estadual”, finalizou o presidente do Sindalquim.
Por Sérgio SAMPAIO