O Procon-SP fez uma pesquisa inédita sobre preços de uma das preferências nacionais – o pão. Os especialistas coletaram os dados de algumas variedades, junto com outros produtos de padaria e combinados como café (coado/tradicional, expresso e com leite), misto quente, bauru e cappuccino, os quais são largamente consumidos nas padarias e já são uma marca da nossa cultura.
Esta iniciativa marca o Dia Mundial do Pão, que é comemorado dia 16 de outubro, e tem por objetivo oferecer aos consumidores do estado de São Paulo, referências de preços para compreender melhor os seus custos pessoais, se planejando com mais informações e sabendo que sempre há alternativas. Além disso, para efeito de geração de estatísticas, os dados desta pesquisa poderão ser utilizados em estudos e atividades de orientação realizados pelos especialistas da Fundação Procon-SP.
Os preços foram coletados em padarias das 5 regiões da cidade de São Paulo (centro, norte, sul, leste e oeste) e em todas as 8 cidades do interior e do litoral onde o Procon-SP possui escritório regional (Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba).
Rio Preto
Em São José do Rio Preto, a diferença no preço do pão francês, apurada entre os estabelecimentos pesquisados da cidade, alcançou 63,69% (variação entre R$ 13,99 e R$ 22,90 o quilo).
Por sua vez, o café expresso pequeno variou em até 97,14%, podendo ser encontrado de R$ 3,50 a R$ 6,90. Já o pão francês na chapa com manteiga foi oferecido com valores diferindo em 125%. A depender da padaria, o item podia ser comercializado entre R$ 4,00 e R$ 9,00.
Os preços médios verificados de cada produto no município foram: o quilo do pão francês a R$ 19,49, do café expresso pequeno a R$ 5,05 e do pão na chapa com manteiga a R$ 5,77.
O levantamento foi realizado pela equipe do Núcleo Regional de São José do Rio Preto em 11 estabelecimentos no dia 26 de setembro, totalizando 13 itens no município, incluindo café com leite, pão de queijo e misto quente. Compôs a amostragem os produtos comercializados em, no mínimo, três dos locais visitados e com valores distintos.
Preço médio
Ao todo, o Procon-SP pesquisou 108 padarias em nove municípios do interior e do litoral, além de estabelecimentos na Capital, entre 25 e 30 de setembro. Na cidade de São Paulo a comparação foi feita entre os preços médios encontrados nas 50 padarias distribuídas igualmente pelas cinco regiões da cidade (centro, norte, sul, leste e oeste).
Ou seja, para cada região, o preço médio foi formado com o valor levantado nos 10 estabelecimentos visitados e depois consolidados para encontrar o preço médio geral da cidade. Já no levantamento feito nos municípios do interior e litoral, foram comparados os preços praticados por cada uma das padarias visitadas para se chegar ao preço médio.
Comparação com outras cidades
Em relação à Capital (R$ 22,54), o tradicional pão francês em São José do Rio Preto é 13,53% mais barato. Assim, também é um valor abaixo da média entre as cidades consultadas pelo interior e litoral paulista (R$ 20,44).
Também a título de comparação, enquanto na Capital, o café expresso pequeno e o pão na chapa com manteiga custam cerca de R$ 7,32 e R$ 6,19, nos demais municípios elencados, as médias são respectivamente de R$ 6,20 e R$ 5,97.
Entre outros itens do levantamento, a unidade do sonho é o alimento com a maior variação de preços, seja na Capital (228,4%), seja no interior, como em Sorocaba (400%) e em São José dos Campos (364,29%).
Ao mesmo tempo, um misto quente com café expresso pequeno pode ser comercializado de R$ 11,00 a R$ 30,89 em Ribeirão Preto (diferença de 180,82%), a mesma combinação tem valores bem aproximados em Campinas: entre R$ 24,00 e R$ 27,80 (15,83%).
Direitos do consumidor
Os consumidores devem ficar atentos a alguns direitos ao consumir em padarias: o pão francês deve ser vendido por quilo; os preços dos produtos devem estar afixados de forma clara e de fácil visualização e os itens fabricados e embalados pelo estabelecimento (tortas, bolos, salgados etc.) devem ter informações sobre data de validade, peso, ingredientes e se contém glúten e alergênicos.
O comerciante não pode determinar peso mínimo para a venda de frios e balas e chicletes não podem ser usados como troco.
Com relação ao pagamento, é importante que o consumidor saiba que os estabelecimentos podem diferenciar os preços em função da forma de pagamento utilizada, oferecendo descontos para, por exemplo, modalidades como, dinheiro ou pix.
Os estabelecimentos não são obrigados a aceitar vales-refeição; no entanto, se houver adesivos ou outra forma de comunicação sugerindo sua aceitação, não poderão ser recusados.
Além disso, para aceitar vale-refeição o estabelecimento não pode condicionar ao valor consumido, nem restringir seu uso a determinado dia, data ou horário.
com informações e foto Procon-SP