Com a finalidade de realizar um comparativo de preços de produtos típicos do Natal, o Procon-SP pesquisou os preços de 122 alimentos que fazem parte dos hábitos de compras dos consumidores brasileiros neste período. O resultado foram diferenças muito elevadas nos valores praticados entre os produtos em estabelecimentos comerciais de uma mesma cidade, alcançando até 188%.

Realizado entre 9 e 13 de dezembro, a equipe do Procon-SP acompanhou os preços em 73 supermercados de 11 municípios, incluindo a Capital, de variados produtos, como: azeites, bombons, carnes, conservas, farofas prontas, frutas em calda, panetones e chocotones. Esta iniciativa oferece uma referência de valor aos consumidores e reforça a importância da pesquisa para o planejamento financeiro das famílias, ainda mais pelo fato de muitos dos itens pesquisados sofrerem impacto direto da variação do dólar, atualmente em torno de R$ 6,00.

Rio Preto

Em São José do Rio Preto, a maior variação encontrada foi da lata de figo inteiro em calda da Olé (400g), entre R$ 14,89 e R$ 22,90 (53,8%). Já o chester com azeite e ervas, o peru (ambos da Perdigão) e o peru temperado (Seara), tem o quilo vendido igualmente nos mesmos valores nos estabelecimentos, respectivamente a R$ 29,98, R$ 29,48 e R$ 29,98. O tradicional panetone também foi identificado com variação em até 43,7%. Na cidade, a pesquisa contemplou 69 itens em sete supermercados entre os dias 10 e 11 de dezembro.

“Como não há tabelamento e as oscilações refletem tanto as cotações de mercado quanto a demanda, os valores podem sofrer alterações em função da data da compra, em função de descontos, ofertas e promoções. Além disso, até lojas de uma mesma rede podem praticar preços diferentes em regiões diferentes. Por isso a recomendação para pesquisar, porque é a sua melhor ferramenta para tentar economizar”, salientou Luiz Orsatti Filho, diretor Executivo do Procon-SP.

O levantamento foi realizado em Bauru, Campinas, Jundiaí (este com o apoio do Procon municipal), Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Paulo, São Vicente e Sorocaba. Fizeram parte da comparação os itens comercializados em, no mínimo, três dos estabelecimentos visitados e as variações de preços constatadas referem-se aos dias em que a coleta foi realizada.

A pesquisa também contemplou outros produtos que compõem a ceia natalina. Por exemplo, entre as cidades pesquisadas, a caixa de bombons Especialidades de 251g (Nestlé) tem o valor médio mais alto na Baixada Santista (R$ 14,92) e o menor em Presidente Prudente (R$ 13,37). Já a lata do pêssego em metades e em calda especial de 450g (Schramm) tem o menor valor médio em Bauru (R$ 14,03) e tem o maior valor médio em Campinas (R$ 16,98).

Veja a pesquisa completa

https://www.procon.sp.gov.br/wp-content/uploads/2024/12/relatorioceianatal.pdf

Dicas ao consumidor

 

Os especialistas do Procon-SP recomendam que o consumidor faça um planejamento do cardápio da ceia, listando os alimentos, as bebidas e os demais ingredientes para o preparo, o que ajuda a evitar compras desnecessárias e por impulso. Orientam ainda que faça uma comparação entre os preços de estabelecimentos e considere a relação qualidade, peso e preço do item a ser adquirido, inclusive o preço do frete e prazo de entrega, quando a compra for feita on-line.

O consumidor deve ficar atento porque foi observado no levantamento que alguns fabricantes reduziram a gramatura de seus produtos, principalmente os panetones e chocotones. Nestes casos, pela legislação, os produtos têm que ter esta informação em suas embalagens, com destaque, por no mínimo seis meses.

Caso a compra seja online, é importante ler todas as características dos produtos e, antes de efetuar a compra, ficar atento ao valor anunciado e o que constar do carrinho de compra, antes de finalizar a operação. O consumidor deve consultar a lista de sites não confiáveis do Procon-SP – veja aqui.

As promoções divulgadas pelos estabelecimentos comerciais devem ser cumpridas, por isso é aconselhável guardar os folhetos e anúncios publicitários que comprovem as ofertas.

Com informações Procon-SP_foto_arquivo_SérgioSAMPAIO