Foto: SMCS

Da Redação

No Dia Internacional de Combate ao Racismo (21 de Março) a Secretaria de Direitos e Políticas para Mulheres, Pessoa com Deficiência, Raça e Etnia de São José do Rio Preto, promoveu palestra com o título “Desigualdade não é bom para ninguém”, a cargo do professor universitário Vladimir Miguel Rodrigues. O evento, ocorrido no auditório Juan Bérgua, andar térreo da Prefeitura, reuniu lideranças negras e artistas, com a presença do prefeito Edinho Araújo. 

Presentes também a secretária da Mulher, Maureen Leão Cury, o diretor da Igualdade Racial da Secretaria da Mulher pastor Altair Pereira, a presidente do Conselho Municipal Afro Maria Cecilia Nunes, o historiador Manoel Messias, a presidente do Conselho da Mulher Mônica Galindo, o diretor do Empreender (Acirp) Osvaldo Nascimento e representantes  do Conselho Afro, Igualdade Racial, CRAM, Conselho Tutelar e das secretarias de Habitação, Saúde, Fazenda e Comunicação, além de representante da Comissão de Igualdade Racial da OAB Tanabi. 

O professor Vladimir fez um resumo da história da desigualdade racial desde os primórdios. “Eu, como branco, não tenho condições de dizer o que é racismo, reconheço que não tenho esta condição, mas por ser educador, tenho o dever moral de conscientizar e denunciar. Não tenho lugar de fala, mas posso somar nessa luta. Posso dar a mão e ajudar a construir uma sociedade mais igual e justa. E é isso que cada um de nós, negro ou não, tem de fazer,” afirmou. 

Professor de Humanidades, graduado em Filosofia e Letras, o professor Vladimir tem tese de mestrado com a dissertação “Malcolm X: entre o texto escrito e o visual”, sendo autor do livro “O X de Malcolm e a questão racial norte-americana”.

 

Também ministra palestras pelo país com a temática “racismo”, principalmente nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Encerrada a palestra, o grupo Dindara apresentou o poema “Me gritaram negra”, de Victória Cruz. 

A data da igualdade racial foi escolhida em memória do Massacre de Shaperville. Em 21 de março de 1960, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde podiam circular. Isso aconteceu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Mesmo sendo manifestação pacífica, o exército atirou contra a multidão, com um saldo de 69 mortos e 186 feridos. 

Fonte: SMCS

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